Para enfrentar os desafios e oportunidades da próxima década, a The Navigator Company definiu a sua Agenda 2030, uma agenda de gestão responsável do negócio que visa aumentar a contribuição positiva da Companhia para a criação de valor e crescimento sustentável num mundo em mudança.
A Agenda 2030 foi construída tendo por base os resultados obtidos no processo de auscultação de 540 Stakeholders internos e externos, a análise de benchmarking sobre as tendências internacionais e o referencial dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas.
Com a ambição de gerar um impacto positivo nas Pessoas e no Planeta, através do nosso negócio, a Agenda 2030 é composta por um foco central e três eixos estratégicos de atuação, que estão alinhados com o propósito e os valores da Empresa.
O foco central – Um Negócio Responsável – é transversal a todas as áreas, e a todos os eixos da estratégia, e inclui temáticas como a ética, a gestão de risco, a criação de valor e a inovação. Os três eixos estratégicos de atuação procuram agregar os tópicos materiais nos quais a Companhia se tem focalizado, e que surgem com uma maior ambição nesta década. São eles a Natureza, o Clima e a Sociedade.
Ameaça existencial para a Terra e para a vida humana, as alterações climáticas continuam no topo da agenda mundial, expondo os limites do planeta, que apontam para um novo máximo da temperatura média global no próximo período de cinco anos, e a inevitável transformação do nosso modo de vida. A crise climática tem expressão na perda de biodiversidade, na desflorestação e na escassez de recursos, que potenciam a degradação ambiental e o aparecimento de doenças zoonóticas, de que a COVID-19 é o exemplo mais recente.
A população mundial irá crescer para 9,5 mil milhões de pessoas em 2050, com reflexos no desenvolvimento das cidades e no aumento dos fluxos migratórios. A evolução demográfica tem interagido com o desenvolvimento económico, quer pelo envelhecimento populacional, quer pelas diferenças intergeracionais, desafiando as empresas a desenvolver e cuidar do seu capital humano, do qual depende a sua competitividade.
As novas tecnologias, como a digitalização, automação, Inteligência Artificial (IA), Blockchain ou BigData, irão permitir às empresas acelerar e ampliar o seu impacto positivo no desenvolvimento sustentável da economia e da sociedade. Para além dos riscos que advêm da dependência cibernética, a transformação digital em curso precisa ter em conta a proteção de sistemas, programas e infraestruturas de redes (cibersegurança).
A Agenda 2030 do Desenvolvimento Sustentável representa um apelo à ação, na resposta aos desafios globais com que a Humanidade se confronta no presente. Na The Navigator Company estamos comprometidos em tornar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) das Nações Unidas uma realidade.
Com a construção da Agenda 2030, foi também realizada uma análise dos ODS das Nações Unidas, incluindo daqueles que consideramos prioritários, ou seja, onde podemos contribuir mais diretamente.
Nesta ótica foram definidos três níveis de contribuição para os ODS, com base na influência que a Companhia tem no sucesso destes objetivos globais: Core, Supportive e Outros.
A Navigator identificou as áreas onde pode gerar impacto positivo nos ODS considerados Core, a partir da sua Agenda 2030, constituindo assim uma oportunidade para a criação de valor sustentável, a longo prazo, e para a transformação da Companhia, tal como do setor, de forma a responder aos desafios futuros.
Gerar impacto positivo nestes ODS constitui uma oportunidade para a criação de valor sustentável a longo prazo e promover a transformação da Navigator, tal como do setor, de forma a responder aos desafios futuros.
O percurso da Navigator até 2030 irá ter impacto nestes ODS, de forma direta ou indireta. Responder a estes ODS constitui uma oportunidade de crescimento económico sustentável através de uma gestão mais responsável dos recursos, da geração de valor nas comunidades e das parcerias com os nossos Stakeholders
A Agenda 2030´ da Navigator irá interagir de forma menos direta com estes ODS, embora exista um potencial contributo positivo através dos compromissos e planos de atividade da Companhia.
A The Navigator Company encara a sustentabilidade e os desafios dela decorrentes à escala da sua cadeia de valor global.
A Agenda 2030 é o referencial estratégico que orienta a resposta da Companhia às macrotendências globais, como as alterações climáticas, e aos desafios que estas tendências colocam ao desenvolvimento do negócio.
A economia circular é um conceito estratégico que assenta na redução, reutilização, recuperação e reciclagem de materiais e energia, e que integra a conceção de um modelo económico mais resiliente. Prevê a utilização sustentável dos recursos naturais, em que todos os produtos fazem parte de um ciclo, sendo reutilizados várias vezes no seu processo produtivo.
RespostaO nosso modelo de produção tem por base diversos princípios da economia circular, com vista a maximizar a eficiência e a salvaguardar os recursos naturais. Atualmente, devolvemos ao ambiente mais de 80% da água usada, e 90% das matérias-primas utilizadas são de origem renovável. Até 2030, temos por objetivo atingir a valorização de 90% dos resíduos produzidos.
Reconhecer a importância de analisar a cadeia de abastecimento e compreender quais são os impactos que o negócio tem em toda a cadeia de valor. A adoção de práticas éticas e o respeito pelo ambiente e pelos direitos humanos são aspetos que as empresas devem ter em consideração na análise dos seus fornecedores.
RespostaProcuramos assegurar a resiliência da nossa cadeia de fornecedores, que é 74% nacional. Dispomos de um Código de Conduta para Fornecedores, no sentido de garantir o alinhamento com as orientações da Navigator no domínio ético, ambiental e social. Fazemos um levantamento dos compromissos de redução da pegada de carbono dos fornecedores, tendo em vista apoiar aqueles que ainda não têm instrumentos e políticas neste campo.
O capital humano pode representar o maior ativo de uma empresa, constituindo-se como um elemento diferenciador na sua estratégia de desenvolvimento. Na procura de vantagens competitivas sustentáveis, é o capital intelectual, como o conhecimento, a experiência e a especialização, que influenciam, cada vez mais, a competitividade das empresas.
RespostaA nossa estratégia está orientada para a valorização e proteção das nossas pessoas. Promovemos internamente as condições de desenvolvimento profissional e de carreira dos nossos colaboradores, através da criação de planos customizados, conciliando as suas necessidades com as da Navigator. O objetivo passa por abranger 80% dos colaboradores com estes planos até 2030, incluindo formação, definição de responsabilidades e critérios de diferenciação que permitem guiar a evolução profissional de cada um. Reforçámos os programas de saúde ocupacional.
A perda de biodiversidade é uma das crises globais mais prementes da atualidade. Promover a proteção, conservação e restauro da Natureza e dos ecossistemas é crucial na obtenção de benefícios ao nível da regulação climática, da disponibilidade de recursos e de outros serviços ambientais e sociais.
RespostaFazemos uma gestão sustentável das áreas florestais sob a nossa responsabilidade, 100% certificadas pelos sistemas FSC® e PEFC*, e assumimos o compromisso de gerar um impacto positivo na biodiversidade, através de ações de conservação e monitorização. Promovemos a florestação de áreas de matos com espécies autóctones e espécies de produção geridas de acordo com um modelo sustentável. Influenciamos positivamente a conservação da biodiversidade também em áreas de terceiros, através da partilha de know-how, formação e divulgação. Desenvolvemos projetos complementares, no âmbito agroflorestal, conciliando a floresta de produção com outros usos da terra.
* FSC – Forest Stewardship Council® (Licença nº FSC®-C010852); PEFC – Programme for the Endorsement of Forest Certification schemes (Licença nº PEFC/13-23-001)
O risco de fracasso na ação climática é considerado pelo World Economic Forum como o mais prejudicial para a sociedade, economia e planeta, tanto no curto como no longo prazo, reiterando a necessidade de uma recuperação económica assente num modelo de baixo carbono.
RespostaNo nosso Roteiro para a Neutralidade Carbónica, assumimos o compromisso de investir em soluções de baixo carbono tendo como objetivo reduzir em 86% das emissões diretas de CO2 dos nossos complexos industriais em 2035. Pretendemos também que 80% da energia primária que consumimos seja de origem renovável em 2030. Temos vindo a investir em energia de fontes renováveis, como a biomassa e a energia solar, e em projetos de aumento da eficiência energética. Trabalhamos no sentido de reforçar o contributo positivo da nossa floresta na mitigação dos efeitos das alterações climáticas, dada a sua importante função como sumidouro de carbono.
A adoção de padrões de consumo mais sustentáveis é um dos caminhos para responder à problemática da sobre-exploração e escassez dos recursos, que poderá levar à diminuição da disponibilidade de matérias-primas no futuro. O consumo sustentável de recursos implica a consciencialização dos impactos nos ecossistemas e a necessidade de alterações de comportamentos e padrões de consumo.
RespostaOs nossos produtos são de origem natural, biodegradáveis e recicláveis, e garantimos a aplicação das melhores práticas ao longo da cadeia de valor. A nossa gestão florestal é certificada e temos por objetivo atingir 80% do abastecimento com madeira de origem certificada até 2030. Os consumidores têm uma garantia de consumo sustentável através dos rótulos de certificação florestal e/ou EU Ecolabel nos nossos produtos.
A era da revolução tecnológica vai transformar o quotidiano das pessoas e das empresas, criando soluções para alguns problemas sociais e ambientais. Este será um momento-chave para as empresas alavancarem a revolução tecnológica, permitindo-lhes investir na descarbonização, na bioeconomia, na mobilidade e na digitalização dos seus processos e formas de trabalhar.
RespostaO desenvolvimento tecnológico da Navigator encontra-se bastante relacionado com as áreas de I&D e inovação, que procuram responder aos desafios de curto-médio prazo da Companhia nos domínios da floresta e do produto através da atividade desenvolvida pelo RAIZ - Instituto de Investigação da Floresta e Papel. Abordamos, de forma transversal, os temas relacionados com a Indústria 4.0 e a transformação digital em todas as áreas operacionais.
Na última década, a discussão sobre o futuro do trabalho tem sido predominantemente ligada ao tema da automação e da adaptação das pessoas a esta nova era. A pandemia veio acelerar a digitalização e, por consequência, a necessidade de requalificar e preparar o capital humano para novas funções e processos de trabalho.
RespostaEm linha com a resposta ao desafio “Investimento no capital humano”, temos estado a realizar um mapeamento das sucessões internas, de forma a garantir a sustentabilidade dos diversos níveis de funções no futuro. Numa fase posterior, pretendemos alinhar os planos de desenvolvimento dos colaboradores com esse mapeamento. Continuamos a apostar na criação de competências digitais.