Mitos e Factos

Pelo contrário! O papel é um produto natural, renovável, ecológico e biodegradável. À medida que as jovens árvores crescem, vão absorvendo CO2 da atmosfera. Além disso, enquanto produto com origem na madeira, o papel também continua a armazenar carbono ao longo da sua existência.
Uma floresta bem plantada, bem gerida e bem utilizada, absorve mais dióxido de carbono do que uma floresta madura, formada por árvores mais velhas.
As vantagens da produção de papel reflectem-se tanto nas florestas, como no ambiente e, quando fruto de uma gestão responsável, conduzem à certificação.
Os papéis de fibra virgem e os papéis de fibra reciclada ocupam lugares distintos nos hábitos de consumo dos consumidores. A introdução de fibra virgem é fundamental para garantir a sustentabilidade do ciclo produtivo do papel.
Ao escolher o seu papel, deve ter em consideração o seu ciclo total de existência e não apenas a fonte da fibra. É sempre necessário que cerca de 40% da fibra utilizada seja virgem, para tornar possível o fabrico de papel reciclado.
A área florestal europeia aumentou quase 17 milhões de hectares nos últimos 20 anos, o que representa um aumento anual superior a 11 vezes à ilha da Madeira.
No Norte da Europa, onde a grande maioria das florestas antigas está protegida, o papel tem origem em florestas plantadas e renováveis cujo ciclo de plantação, crescimento e extracção é cuidadosamente controlado. Até em países que utilizam florestas naturais, tais como a Rússia e o Canadá, a extracção de madeira corresponde apenas a uma pequena parte do crescimento anual.
A indústria de pasta e papel tem reduzido consideravelmente os seus requisitos energéticos. Esta é uma das maiores utilizadoras de energia renovável e com baixos níveis de emissão de carbono.
Mais de metade da energia utilizada para fabricar papel na Europa provém de fontes renováveis, sendo que 52% da energia utilizada pela indústria do papel tem por base a biomassa. De facto, a indústria de pasta e papel é responsável por 27% da produção total de energia de biomassa, na União Europeia.
A verdade é que a indústria de papel europeia está na linha da frente da reciclagem. Com a optimização dos sistemas locais de recolha, as taxas de reciclagem têm vindo a melhorar. De todo o papel e cartão consumidos na Europa, cerca de 19% não pode ser reciclado.
Encontram-se incluídos nesta categoria o papel higiénico, toalhas de mão, guardanapos, fraldas, papel de cigarro, papel de embrulho de bens alimentícios, entre outros. A comunicação em papel é dos poucos suportes que podem ser reciclados na totalidade constituindo uma excelente fonte de fibra para reciclagem e transformação noutros produtos de papel.
A principal matéria-prima do papel, as árvores, é um amplo armazém de carbono e o principal absorvedor de dióxido de carbono da atmosfera. É difícil comparar a pegada de carbono exacta de todas as classes de papel pois depende da forma como o papel é fabricado e da fonte de energia utilizada na produção.
O Conselho Europeu tem, inclusivamente, reconhecido os produtos da madeira como amigos do ambiente. Uma gestão florestal sustentável ajuda a reduzir as emissões mundiais de dióxido de carbono.